Data: 02-04-2012
Criterio:
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Segundoinformação disponível, a espécie ocorre em Minas Gerais e SãoPaulo, com coletas recentes em Goiás, com EOO de 415.443 km². As coletasregistradas são antigas, em menos de 10 locais em situação de ameaça, em apenasuma unidade de conservação (SNUC), o Parque Estadual da Cantareira, que sofre pressõesantrópicas, é atravessado por estradas e linhas de transmissão, e as áreas deentorno têm sofrido substituição das florestas pela ocupação humana.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Ocotea frondosa (Meisn.) Mez;
Família: Lauraceae
Sinônimos:
Rohwer (1986)posiciona O. frondosa no grupo de O. minarum, que é muito variável em relação às característicasvegetativas, porém, provavelmente todas as espécies do grupo são ginodióicas oucríptico-dióicas, isto é, que apresentam flores claramente femininas e floresaparentemente bissexuadas, os estames muito menores que as anteras e geralmentepilosos. Relaciona como espécies próximas Ocotea odorata (Meisn.) Mez e Ocoteafendleri ( Meisn.) Rohwer, que se separam das espécies em questão pelasfolhas de ápice obtuso a arredondado, face abaxial encerada e pilosa pelo menosao longo das nervuras principal esecundárias. Ocotea frondosa secaracteriza pela lâminacoriácea, obovada a obovada-elíptica, padrão de nervação camptódromo, floresmonoclinas com estames das séries I e II com filetes, 0,02-0,03 cm compr., pilosos nabase com anteras ovadas e fruto elipsóide sobre cúpula pateliforme. Nomes populares: "caju-do-mato", "canela-do-mato", "canela-grande", "canela-pereira" (Quinet, 2008).
Não há dados populacionais para a espécie.
Segundo a Flora do Brasil a espécie distribui-se nos Estados de São Paulo e Minas Gerais (Quinet et al., 2011), porém há coletas recentes em Goiás (Moraes, 2005).
Árvore de até 20 m alt., monóica, ramosangulosos, estriados, lenticelados, áureo-pubérulos a glabrescentes. Folhas alternas, coriáceas, obovada aobovada-elíptica. Inflorescência axilar,tirsóide. Flores monoclinas,tépalas patentes. Fruto bacáceo,elipsóide, cúpula pateliforme. Floração e frutificação:floresce de março a julho e dá frutos em julho (Quinet, 2008). Espécie zoocórica. Não possuicrescimento rápido, nem boa cobertura de copa (Bioflora, 2011).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Pela sua localização, próxima a um grandecentro urbano, a Serra da Cantareira e o Parque da Cantareira sofrem diversas pressões antrópicas. O Parqueencontra-se seccionado por estradas e linhas de transmissão, facilitando seuacesso para diversas atividades irregulares. As áreas de entorno dessa unidade de conservação temsofrido, ao longo dos anos, a substituição das florestas pela ocupação humana,para fins de instalação de áreas residenciais, de tipos diversos, desde favelasa chácaras e condomínios de alto padrão (Arzolla et al., 2011). Segundo o Plano deManejo do Parque Estadual da Catareira é uma ameaça à espécie o desmatamentoe/ou exploração de madeira irregular, em especial a extração irregular doPalmito (Euterpes edulis) (Arzolla, 2009).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Em Perigo" (EN), segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
- MORAES, P. L. R. D. Sinopse das Lauráceas nos Estados de Goiás e Tocantins, Brasil. Biota Neotropica, v. 5, n. 2, p. 1-18, 2005.
- QUINET, A. O Gênero Ocotea Aubl. (Lauraceae) no Sudeste do Brasil. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008.
- QUINET, A.; BAITELLO, J.B.; MORAES, P.L.R.D. Lauraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB008441>.
- ARZOLLA, F.A.R.D.P.; MOURA, C.D.; VILELA, F.E.S.; MODLER, I.F.; MATTOS, I.F.D.A. Parque Estadual da Cantareira, Plano de Manejo, 2009.
- ARZOLLA, F.A.R.D.P.; VILELA, F.E.S.P.; PAULA, G.C.R.; SHEPHERD, G.J.; DESCIO, F.; MOURA, C.D. Composição florística e a conservação de florestas secundárias na Serra da Cantareira, São Paulo, Brasil. Rev. Inst. Flor., v. 23, n. 1, p. 149-171, 2011.
- BIOFLORA - RESTAURAÇÃO FLORESTAL. Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica), Piracicaba / SP, 2011.
- ROHWER, J.G. Prodromus einer monographie der Gattung Ocotea Aublet (Lauraceae), sensu lato. 1986. 3-278 p.
- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
CNCFlora. Ocotea frondosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Ocotea frondosa
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 02/04/2012 - 13:43:21